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INSUMOS - Quando o campo vai bem, os investimentos na lavoura crescem
rev 167 - janeiro 2012

Ainda sem ter os dados consolidados de 2011, os principais setores de insumos como defensivos e fertilizantes avaliaram o ano passado com um período que deverá trazer saudades. Ambos os setores foram impulsionados pelos resultados de remuneração da lavoura brasileira, especialmente, as commodities de maior expressão no comércio externo.

"No ano passado, o valor das commodities", diz Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional da Defesa Vegetal (Andef), "sobretudo sobre as principais do País, como soja, milho e algodão, teve alta de preços. Essa maior renda, refletiu em maior cuidados com a lavoura.

Então, a correlação entre preço de commodity e defensivos, fertilizantes, calcário e sementes é total. Quanto mais o indivíduo ganha mais ele investe naquilo que é a renda futura dele".

A estimativa para o setor de defensivos agrícolas no Brasil é que 2011 gire em torno de US$ 8,2 bilhões e US$ 8,5 bilhões. De acordo com Daher, o resultado de US$ 8,2 bi já é o maior dos últimos três anos. Em comparação com 2010, que fechou em US$ 7,3 bi, o crescimento previsto foi deve ser de 11%.

Em alguns aspectos, o crescimento trouxe maior força no uso de produtos de melhor qualidade técnica em detrimento a formulações genéricas. "O Estado de Mato Grosso deve ser, pela oitava vez consecutiva, o maior consumidor; herbicida o grande produto, em função da soja, e esta, como sempre, a cultura que mais demandante, que deve corresponder de 40% a 44%", prevê Daher.

Para o próximo ano, o representante da Andef estima um período positivo mas de muita cautela, em função das preocupações climáticas, que já baixaram as perspectivas da safra 2011/2012. Nesse sentido o setor estima um crescimento de 3% em relação a 2011.

Fertilizantes

No compasso da área de defensivos, caminhou o setor de adubos e fertilizantes. A estimativa realizada pela RC Consultores, a previsão de entregas de fertilizantes em 2011 será da ordem de 28 milhões de toneladas, 14,2% a mais que os 24,516 milhões de toneladas entregues em 2010. "Isso representaria o recorde histórico do setor que, por sua vez, já foi quebrado quando consideramos o volume real entregue até novembro de 2011, que foi de 26,510 milhões de toneladas", avalia David Roquetti Filho, diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

A produção nacional, de janeiro a novembro de 2011, foi de 9,030 milhões de toneladas, ou seja, 4,04% superior às 8,679 milhões produzidas no mesmo período de 2010.

Sem tecer perspectivas futuras, a Anda se baseia no estudo da RC Consultores, que estima que o volume de entregas de fertilizantes para 2012 deve ser igual ao de 2011.


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