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AGRISHOW - Maior feira de tecnologia da agricultura movimenta R$ 1,7 bi
rev 159 - maio 2011

O tradicional evento de Ribeirão Preto reuniu muitos lançamentos em termos de maquinários agrícolas e ainda serviu como termômetro para o mercado brasileiro.

PARA O PRESIDENTE DA AGRISHOW 2011, CESÁRIO RAMALHO, O EVENTO ADQUIRIU MAIOR IMPORTÂNCIA POLÍTICA ESTE ANO, EM FUNÇÃO DA PRESENÇA DE INÚMERAS AUTORIDADES QUE PRESTIGIARAM ESTE QUE É CONSIDERADO O CENTRO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO - A VITRINE DO SETOR AGRÍCOLA DO PAÍS.

MINISTRO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, WAGNER ROSSI, DURANTE A ABERTURA DA AGRISHOW.

MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, AFONSO BANDEIRA FLORENCE, DURANTE A SOLENIDADE DE ENTREGA DA PRIMEIRA COLHEITADEIRA DE CAFÉ E DA CHAVE SIMBÓLICA DO CAMINHÃO A AGRICULTORES FAMILIARES PELO PROGRAMA MAIS ALIMENTOS.

OS IRMÃOS PAULO PEDRO BARBOSA E ADJAR JOSÉ BARBOSA [DE BONÉS AMARELOS], DE CLARAVAL (MG), FORAM OS PRIMEIROS A ADQUIRIR A PRIMEIRA COLHEITADEIRA DE CAFÉ PELO MAIS ALIMENTOS.

O CASAL DE FRUTICULTORES MINEIROS, JOEL MARTINIANO DIAS E ROSA HELENA DA COSTA DIAS, DO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE, ADQUIREM O CAMINHÃO DE NÚMERO 2.200 PELO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL.

Foram 146.832 participantes durante os cinco dias de feira, entre os quais, compradores e visitantes institucionais vindos de todas as parte do Brasil e também procedentes de 50 países de todos os continentes.

Com uma área total de 360 mil metros quadrados, cerca de 20 mil profissionais foram empregados nas mais diversas atividades dos 765 expositores brasileiros e internacionais.

Este ano ela atingiu a maioridade - 18 anos - e deve superar 52,6 % à edição de 2010. A Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, Agrishow, foi o cenário ideal onde produtores rurais, empresas da área agrícola, instituições de pesquisa e governamentais puderam se voltar ao que há de novo nos campos de tecnologia, crédito rural e técnicas de manejo adequadas à produção de grãos e também de gado.

Em termos de negócios, as três instituições financeiras abertas que operaram durante a feira, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, apresentaram um balanço final relativo aos pedidos de financiamento realizados pelos produtores. A soma chega a uma cifra de R$ 1,755 bilhão durante os cinco dias da mostra, realizada em Ribeirão Preto (SP), entre os dias 2 e 6 de maio.

A estimativa ainda sugere, segundo dados oficiais da feira, que esse volume de negócios possa ser superior, em função dos bancos das montadoras de máquinas, equipamentos e veículos não divulgarem seus valores por questões estratégicas. Em termos porcentuais há um indicativo de incremento de 20% a 25% em relação a Agrishow 2010.

Público

O número final do público presente foi de 146.832 entre compradores e visitantes institucionais vindos dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, além da região Nordeste e também procedentes de 50 países de todos os continentes.

O presidente da Agrishow, Cesário Ramalho, ressaltou a expressão que o evento adquiriu este ano, do ponto de vista político. Para ele, a presença de inúmeras autoridades reafirma a importância do evento, hoje considerado o centro do agronegócio brasileiro, a vitrine desse setor no País. "Além do governador de São Paulo, tivemos a presença de três ministros, o que revela a dimensão dessa feira", afirmou Ramalho referindo-se à presença dos ministros da Agricultura, Wagner Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Bandeira Florence, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra, além do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ainda estiveram presentes cinco ministros da agricultura de países da América do Sul (Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Bolívia). Alkmin aproveitou a visita à Agrishow para assinar diante dos agricultores e administradores do evento, o contrato de cessão da área da Fazenda Experimental, que pertence ao Estado, por mais 30 anos a partir de 2014. Segundo o governador, a assinatura do contrato traz segurança jurídica ao evento que tantos benefícios proporcionam ao produtor agrícola e ao País.

A feira

Com uma área total de 360 mil metros quadrados, cerca de 20 mil profissionais foram empregados nas mais diversas atividades dos 765 expositores brasileiros e internacionais e para a manutenção da infraestrutura do evento. Entre os expositores, marcaram presença as montadoras de máquinas e implementos agrícolas, veículos e caminhões, insumos para a agricultura e pecuária, bancos voltados à disponibilidade de crédito rural, além de instituições de pesquisa e de governo.

Outro destaque foram as mais de 800 demonstrações de campo, momento reservado ao público conferir como um test-drive o funcionamento dos maquinários dispostos durante a Agrishow em aplicações como preparo de solo, cultivo, plantio, pulverização, colheita entre outras mais tecnologias voltadas tanto para o pequeno como o grande produtor.

Máquinas

Entre os destaques de maquinários que chamaram a atenção foram a colhedora de algodão da John Deere, uma linha de opções da Case IH e New Holland, e a recente linha de pulverizadores do Grupo AGCO com as marcas Massey Ferguson e Valtra.

A colhedora de algodão da John Deere (7760) permite aumento de produtividade ao enfardar o material colhido em 'rolos' e ainda, segundo a empresa, a economia de combustível e a melhora do aproveitamento de mão de obra no processo de colheita.

A Case IH apresentou a nova geração de tratores Magnum, a qual é voltada para grandes empreendimentos em função de possuir maior potência. Outro destaque da montadora é o lançamento da colheitadeira de grãos Axial-Flow 2566 de menor porte voltada a pequenos e médios produtores.

Já a nova linha de tratores T8 da New Holland dá espaço aos maiores modelos já fabricados no País, com alcance de 389 de cavalos vapor de potência e estão aptos a trabalhos em grandes áreas nas funções de preparo de solo e plantio tanto para cultura canavieira e grãos.

A introdução ao mercado pulverizadores fez com que o grupo AGCO lançasse duas opções de maquinários com tecnologias semelhantes - o BS3020H, da marca Valtra e o MF 9030, da Massey Ferguson. As novidades são capazes de absorver as irregularidades do terreno mantendo a estabilidade durante a pulverização, gerando resistência e durabilidade superior.

Mais Alimentos

O aquecimento do setor a partir de incentivos do governo federal, através do Programa Mais Alimentos, fez com que a feira atraísse mais compradores. Foi o caso dos irmãos Paulo Pedro Barbosa e Adjar José Barbosa, de Claraval (MG). Eles foram os primeiros a adquirir a primeira colheitadeira de café pelo programa. Foi justamente nesta edição da Agrishow que foi feito o anúncio por parte do governo federal da entrada desse tipo de máquina entre as opções para os agricultores familiares cadastrados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Foram oficialmente lançadas na feira duas novas categorias de produtos - colheitadeiras de café (com três opções de modelos, entre as quais, uma é da Matão e outras duas da Case IH) e uma colhedora de cana, também da Case IH. "A colhedora A4000 representa uma nova categoria nesse segmento de máquinas, a porta de acesso à mecanização de pequenos e médios fornecedores de cana", avalia Roberto Biasotto, especialista de produto da Case IH. "O equipamento tem como nicho principal o mercado nordestino e regiões caracterizadas por baixa fertilidade de solo, cuja a viabilidade econômica se dá com o plantio no espaçamento de a partir de um metro".

Outro contemplado durante a feira, pelo Mais Alimentos, foi o casal de fruticultores mineiros, Joel Martiniano Dias e Rosa Helena da Costa Dias, do município de Pouso Alegre, com a aquisição do caminhão de número 2.200. Em termos gerais, o programa disponibiliza uma linha de crédito para o financiamento de projetos coletivos (R$ 500 mil) e individuais (R$ 130 mil), a juros de 2% ao ano e prazo de 10 anos para pagar, com carência de três anos para o início do pagamento.


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