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EXPOINTER – BOM TERMÔMETRO DO AGRONEGÓCIO!
rev 127 - setembro 2008

A Expointer – Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários – 2008 movimentou R$ 383,5 milhões em negócios e recebeu 430 mil visitantes. A feira, que aconteceu entre os dias 30 de agosto a 07 de setembro superou as expectativas dos organizadores. Segundo expositores, o evento deste ano entrou para a história como a maior de todos os tempos. O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o maior responsável pelo incremento nas vendas, com R$ 370,37 milhões, um acréscimo de 208,35% em relação a 2007, quando foi comercializado R$ 120,11 milhões.

Considerada uma das maiores mostras agropecuárias do País, a Expointer é também conhecida pela forte presença do setor de máquinas agrícolas. E uma das novidades deste ano foi a venda de tratores e outros implementos para a agricultura familiar em condições especiais.

Com o objetivo de aumentar a produtividade do setor, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) firmou acordo com o setor industrial para estabelecer descontos de até 17,5% na compra de tratores de pequeno porte e maquinários como arados, esteiras, colheitadeiras e reboques. Incentivo maior também para as empresas que participaram do evento. “Desde 2007, vivenciamos um crescimento significativo para o setor e o melhor, a expectativa de se manter nos próximos anos, principalmente pela contribuição do Governo com o ‘Plano Safra Mais Alimentos’. Sem dúvida, é a oportunidade do produtor buscar o financiamento de máquinas e gerando assim uma grande de-manda para os fabricantes. A Expointer é u-ma das maio-res feiras que a New Holland participa. Para nós, o evento é importante, pois neste mo-mento, o pro-dutor inicia no-vo plantio e, com isto, ad-quiri novos equipamentos. Independente também dos negócios fechados aqui, o foco é o relacionamento com o cliente e com outros fabricantes. Aqui também acontece uma verdadeira troca de informações”, diz o diretor comercial da New Holland, Luiz Feijó.

As grandes estrelas da feira, os animais, também foram destaque nesta 31ª Expointer, com a venda de R$ 10,65 milhões, valor 10,27% maior do que em 2007, que registrou R$ 9,65 milhões. Para o diretor da Divisão de Saúde Animal da Pfizer, Jorge Espanha, o clima demonstrado pelos pecuaristas foi de otimismo. “Temos aqui um termômetro para os próximos 12 meses. A nossa intenção na Expointer é o relaci-onamento com o pecuarista, que hoje vive um bom momento. Veri-ficamos um maior investimento ocasionado pelo bom retorno do mercado, maior até em compa-ração ao mesmo período do ano passado. A Expointer também é uma feira do Brasil que também fecha negócios importantes com outros países, dada a sua impor-tância internacional”, comenta.

O turismo rural no Pampa Gaúcho, a diversificação do artesanato, a exposição de 160 raças de animais, julgamentos e leilões de bovinos e eqüinos, palestras técnicas, empresas de saúde, genética e nutrição animal também participaram da Expointer 2008.

Segundo o gerente de vendas da Tortuga, de Porto Alegre, Erich Fuchs, o evento mostra o quanto o setor está aquecido até mesmo se comparando há anos anteriores. “É sem dúvida, a nossa vitrine no agronegócio. E o Estado do Rio Grande do Sul também apresenta suas particularidades para o nosso segmento, como as raças bovinas européias, com uma porcentagem significativa em comparação aos demais estados brasileiros. E não é só. Aqui também se encontra o maior rebanho de ovinos do País. E como a Tortura – uma empresa no segmento animal – não poderia ficar de fora. A Expointer é um campo para diversos o agronegócio”, menciona Fuchs.

Dê olho no pequeno

Nesta edição, a Expointer foi muito mais além do que negócios fechados. O pequeno produtor foi o principal foco. Muitos agricultores familiares se informaram sobre a nova linha de crédito agrícola. A iniciativa faz parte do Plano do Governo, que visa criar as condições necessárias para aumentar em 18,5 milhões de toneladas / ano a produção de alimentos pela agricultura familiar no País, a partir de 2010. Para isso, foi criada uma linha de crédito de até R$ 100 mil por agricultor, com juros de 2% ao ano e o longo prazo de 10 anos para pagamento.


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