Nutrição
correta influencia de forma significativa na reprodução, tanto em
gado de leite como de corte. A capacidade reprodutiva dos animais é diretamente
influenciada pelo manejo nutricional. Nas vacas leiteiras, por exemplo, este item
é especialmente importante, já que elas são submetidas a
um desequilíbrio energético no início da lactação.
Para estes animais, a fertilidade é essencial para que se consiga intervalos
entre partos e eficiência reprodutiva economicamente viáveis. Já
as vacas de corte, amamentam eficientemente suas crias se conseguirem parir em
boas condições de escores corporais. Além disso, estabelecem
índices altos de ganho de peso e taxa de desmame, sem alongar o período
em que não há cio. |
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Anderson
Di Pietro, zootecnista e gerente técnico da Cargill Nutrição
Animal Purina, são vários os fatores relacionados entre reprodução
e nutrição, dentre eles, a quantidade e a qualidade dos alimentos
consumidos, as reservas de nutrientes corporais, além da competição
por nutrientes entre reprodução e outras funções fisiológicas
exercidas pelos órgãos e tecidos do animal. As funções
reprodutivas também podem ser afetadas pela intensa seleção
genética, visando maior produtividade, em virtude do acréscimo na
demanda de nutrientes para a síntese de carne e leite. Dessa forma quanto
maior a exigência por nutrientes, maior deve ser o aumento compensatório
na ingestão dos mesmos, principalmente energia. Além da energia,
o consumo excessivo ou deficiente de outros nutrientes, como proteína,
vitaminas macro e microminerais têm sido relacionados com o baixo desempenho
reprodutivo.
Segundo o técnico, o período seco é
com certeza o mais crítico de todos e compreende o final de uma lactação
e o início da seguinte. É uma transição de um período
de pequenas exigências metabólicas para um outro de grandes demandas
metabólicas. É uma fase em que aparentemente apenas
aparentemente a vaca nada produz, mas durante a qual importantíssimos
trabalhos serão desenvolvidos no interior de seu organismo. Nesta etapa,
para colher grandes resultados em produtividade, o animal precisa de uma dieta
balanceada com níveis adequados de proteína, energia, minerais e
vitaminas. Com isso, ele vai recuperar o peso perdido na lactação
anterior; reconstituir os alvéolos que são os componentes secretores
do leite.
Quando a vaca está produzindo o leite, o sangue
toma das reservas do organismo os nutrimentos essênciais e os transporta
até o úbere, que o usará para produzir o leite. Mas, assim
que a vaca seca, toda a atenção do organismo é desviada do
úbere para o útero, onde está se desenvolvendo o feto. Portanto,
a vaca necessita de muito alimento de boa qualidade para desenvolver seu feto
e recuperar o peso perdido na lactação anterior. Isto assegurará
uma produção de leite melhor e maior e uma vida produtiva mais longa.
Os 60 dias do período seco coincidem com os últimos 2
meses de gestação, nos quais serão formados 2/3 do organismo
do bezerro. Estando seca nesse período, a vaca terá um grande aporte
de sangue (que anteriormente se dirigia ao úbere para a produção
de leite) desviado para o útero. Os nutrientes serão prioritariamente
direcionados ao desenvolvimento do bezerro que, nascendo mais sadio, terá
maiores chances de sobrevivência. Por estarem a fertilidade e a regularidade
dos cios bastante relacionadas ao estado nutricional da vaca, ela deverá
apresentar excelentes condições físicas na época da
nova cobertura, que deverá ser feita entre 60 e 70 dias após o parto.
As vantagens de programas alimentares de boa qualidade para as vacas
secas é que o animal terá menores problemas de fertilidade; menor
possibilidade de sofrer um aborto ou ter retenção de placenta; além
de reduzir os problemas metabólicos, como: cetose, febre do leite
hipocalcemia, deslocamento do abomaso e aumento na produção de leite.
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