A
cada dia a questão ambiental é colocada como premissa em qualquer
atividade. Desta forma, os setores produtivos precisam desenvolver e adotar práticas
que antecipem ou minimizem os impactos ambientais negativos. Assim, as Boas Práticas
de Manejo (BPMs) podem ser consideradas como um dos métodos mais efetivos
para se reduzir tais impactos em diferentes ações e os produtores
que as adotam aliam qualidade e competitividade.
Adriana Moreno Pires
e Júlio Queiroz são pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente e desenvolvem
pesquisas de BPMs para a aqüicultura, há alguns anos. De acordo com
Adriana, o uso de BPMs está mais comumente associado com atividades
que podem ser consideradas fontes de poluição difusas, como é
o caso das atividades agrícolas em geral, e da aqüicultura em particular. |
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Os
pesquisadores explicam que um passo importante para se definir e priorizar
quais são as práticas que deverão ser implantadas em determinado
local é a avaliação de seus pontos críticos por meio
de um levantamento ambiental. Isso pode ser feito via sistemas de avaliação
de impacto ambiental, como o Eco-Cert. Rural, desenvolvido na Embrapa Meio Ambiente,
unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa,
vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Nesse contexto, a indústria da aqüicultura precisa responder às
preocupações ambientais de forma pró-ativa por meio do desenvolvimento
voluntário de sistemas de produção ecologicamente mais responsáveis.
O uso das Boas Práticas de Manejo (BPMs) é uma opção.
Queiroz e Adriana sugerem também algumas etapas para a implantação
das BMPs, entre elas: levantamento ambiental, avaliação ambiental,
reuniões com os interessados com o desenvolvimento sustentável da
aqüicultura, uso de ferramentas de avaliação de impactos ambientais
(AIAs) e diretrizes para elaborar as BPMs. Adriana destaca ainda que se
o sistema não for implementável e viável, não funciona.
De acordo com os pesquisadores da Embrapa certamente os sistemas
ou conjuntos de BPMs serão cada vez mais exigidos para assegurar a competitividade
e a sustentabilidade da aqüicultura. Esses sistemas terão que ser
concebidos e validados de acordo com as características do local, dos objetivos
de produção e dos interesses nacionais.
Uma vez implantadas,
os produtores podem ter a certeza de que estarão adotando uma proposta
que é capaz de melhorar a qualidade ambiental do sistema produtivo e incrementar
sua atividade. |