Na
ocasião, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Derci
Alcântara, era homenageado por sua contribuição a esse segmento
de bens de capital, com a presença de empresários, políticos
e personalidades, com destaque para os presidentes da Câmara Setorial de
Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Francisco Matturro,
da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho da Silva, da Abag, Carlos
Lovatelli, do sistema Agrishow, Sérgio Magalhães, e do deputado
Duarte Nogueira.
O desempenho positivo resulta de ligeira reação
nos grãos e da expansão da cultura dos três c,
ou seja, cana-de-açúcar, café e cítricos. Embora
expressivo, o aumento se dá com uma base de comparação muito
baixa, explica Mello. O empresário refere-se ao fraco desempenho
de 2006 e 2005, quando o segmento fechou esses dois anos com faturamento pouco
superior a R$ 4 bilhões, ao passo que em 2004 o montante chegava a R$ 7
bilhões. Os dados mensais também refletem a crise vivenciada pelo
setor, ao apontar um faturamento de R$ 832 milhões em junho de 2004, que,
após sofrer queda gradativa, desceu para R$ 293 milhões, em janeiro
de 2006, voltando a recuperar-se e atingindo em maio de 2007 um total de R$ 517,72
milhões.
O pequeno aumento do número de empregados, de
9,5%, também é um reflexo de uma recuperação modesta,
no entender de Newton de Mello. Em maio deste ano o setor empregava 38.243
empregados, contra 34.933 em maio de 2006. Ao passo que o setor já chegou
a empregar 45.375, em agosto de 2004, compara. Comércio
exterior Superavitário,
o segmento de máquinas e implementos agrícolas exportou US$ 245,073
milhões, com crescimento de 14%, no comparativo de janeiro a maio deste
ano contra 2006, enquanto importou US$ 76,010 milhões, com aumento de 147,8%.
As máquinas agrícolas são exportadas sobretudo
para a América do Norte e Latina, sendo que o maior volume é de
componentes para mercado norte-americano, e de máquinas de preparo do solo
para os latinos.
O expressivo aumento das importações pode
ser explicado pelo câmbio, que torna mais atraente a compra em dólar,
sobretudo de peças e partes de máquinas, segundo Newton de Mello.
As perspectivas são de cautela. Os empresários do
segmento estão endividados e com as despesas absorvidas por insumos como
fertilizantes, que aumentaram 43%. A continuar o mesmo patamar do dólar,
o cenário é negativo para os grãos, enquanto a cana, que
vai bem, sofre restrições dos países importadores, além
do problema cambial, conclui o presidente da Abimaq, Newton de Mello. |