Suplementação
entre chuvas e seca garante produtividade do rebanho. No período de transição
das águas para a seca, é muito importante não deixar cair
a qualidade nutricional que os animais estejam ingerindo, mesmo que as pastagens
ainda estejam verdes, pois o processo fisiológico de perda de nutrientes
já começou. O alerta é do Médico-veterinário
Diego Magri Bernardes, um dos técnicos do Grupo Matsuda, Divisão
Minas Gerais, sediada em São Sebastião do Paraíso (MG). Segundo
ele, é recomendado o uso de suplemento mineral que contenham proteínas,
mesmo que em quantidades pequenas, pois isso trará benefício para
a fermentação ruminal, fazendo com que o animal otimize o seu desempenho
nessa fase. | |
Como
exemplo de manejo correto, com baixo consumo e excelente custo benefício,
Bernardes cita a propriedade Santa Inês, uma fazenda de cria de bezerros
Nelore, localizada na região do sul de Minas, onde um plantel de 186 vacas
Nelore, emprenhadas com touros PO, filhos de Legat, são manejadas pelo
gerente Alexandre Donizete Pereira, que segue as recomendações técnicas
da Matsuda, à risca. Há cinco anos ele faz a lição
de casa, direitinho. Ou seja: garante que os animais tenham suplemento mineral
suficiente cerca de 170 gramas/dia para entrarem com uma melhor
condição corporal no período seco, minimizando os gastos
para a mantença do escore corporal da vacada.
Segundo Alexandre
Pereira, o uso de proteinados como o Phós Verão Cria tem o objetivo
de fazer com que as vacas, normalmente prenhas e em lactação nessa
época do ano, não percam peso durante o período de transição.
Usamos esse proteinado, nessa transição do período
chuvoso para o seco, por que queremos garantir a produtividade do nosso rebanho,
afirma. O índice de fertilidade da Fazenda Santa Inês é superior
a 85%, com bezerros desmamados aos oito meses e vendidos no mercado, para recria
e engorda, com cerca de 200 quilos de média, atingindo um preço
médio de R$ 350,00, variando de R$ 300, 00 para as fêmeas e R$ 400,00
para os machos.
As vacas são emprenhadas a pasto, com touros filhos
de Legat, e, em função do manejo adequado que recebem de Pereira,
as matrizes conseguem ultrapassar todo o período seco, com o mesmo escore
corporal do período chuvoso, pois o proteinado Phós Verão
Matsuda, acrescentado à pastagem, já um tanto seca, nessa época
do ano, garante a otimização ruminal. As vacas pesam cerca de 600
quilos, e continuam mantendo esse peso médio, até o final da estação.
É muito importante esse trabalho de suplementação mineral
da Fazenda Santa Inês, ressalta Diego, lembrando que além da própria
alimentação, as vacas precisam garantir a alimentação
dos seus bezerros. O técnico da Matsuda Minas enfatiza que o
trabalho de manejo dessa propriedade é eficiente e deve servir de modelo
de negócio para os demais produtores, que também se dedicam à
cria, uma vez que os resultados alcançados, anualmente, são muito
satisfatórios, o que não aconteceria se não houvesse essa
atenção especial, tanto do proprietário, Francisco José
Tonin, como de seu gerente, Alexandre Pereira. Os dois estão muito conscientes
sobre a importância da suplementação mineral no período
de transição das chuvas para as secas. Esse cuidado é indispensável
para quem quer garantir metas lucrativas, no final do ano. É, também,
muito vantajoso, pois quando o volumoso está ainda com um pouco de qualidade
(Proteína e Energia) na transição, otimiza-se o desempenho
fazendo com que essas matrizes mantenham seu escore corporal adequado até
a entrada da seca, onde posteriormente será apenas mantido seu peso com
suplementos mineral-proteico-energéticos de médio consumo, visando
diminuir os custos e ajustar a oferta de nutrientes com as necessidades da vaca
prenha e desmamada. |