Análise
inicial da Sociedade Rural Brasileira indica que o programa
não traz nenhuma medida direta para o setor agrícola.
A agricultura ficou em segundo plano no Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) anunciado pelo presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva. A afirmação
é do presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário
Ramalho. Segundo ele, o programa não traz nenhuma medida
direta para o setor agrícola. "A agricultura é
o segmento que mais contribui para a economia do País,
mas foi desprestigiado no PAC", ressalta.
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Para
Ramalho, o setor poderá se beneficiar dos resultados
dos investimentos em infra-estrutura - que ficaram aquém
do necessário -, bem como da proposta que quer definir
claramente a competência de Estados, municípios
e União sobre a legislação ambiental.
"Porém, são medidas de médio e longo
prazo, além de modestas se comparadas aos benefícios
que a agricultura proporciona na geração de
emprego e renda para o País".
Na avaliação de Ramalho, o governo tem que construir
um cenário econômico mais favorável ao
desenvolvimento das parcerias-público-privadas, já
que conta com o capital privado para alavancar recursos para
tocar os projetos de infra-estrutura. "Os investidores
têm dinheiro, mas querem segurança jurídica,
sólidos contratos, regras claras e projetos viáveis
para ir em frente."
De acordo com o presidente da SRB, uma legislação
ambiental menos complexa também pode colaborar para
o início de um processo de desburocratização
de licenças para realização de obras
e projetos agrícolas.
Novo
comando na SRB
Cesário
Ramalho da Silva assumiu a presidência da SRB no final
de 2006. João de Almeida Sampaio Filho se licenciou
do cargo para comandar a secretaria da Agricultura de São
Paulo. Empresário rural, pecuarista e produtor de grãos
e cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul e Minas
Gerais, Ramalho também é filho, neto e bisneto
de fazendeiros. Foi presidente da Câmara Setorial Paulista
da Carne Bovina. Nossa missão será dar
continuidade ao êxito da gestão de João
Sampaio, com o objetivo maior de garantir o direito do produtor
rural ter renda, destaca Ramalho.
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