O
objetivo é fortalecer o sistema de produção
da soja a partir do desenvolvimento de ações
de controle e prevenção da doença.
Segundo estimativas da Embrapa, desde a safra 2001/2002, quando
foi detectada a presença do fungo nas lavouras, os
prejuízos com a ferrugem asiática chegam a US$
7,7 bilhões. O valor equivale a perdas de grãos,
custo com o controle da doença (fungicida mais custo
médio correspondente a 3,5 sacos por hectare por aplicação)
e perda de arrecadação em relação
à queda da produção.
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O
programa institucionaliza o consórcio anti-ferrugem
num contexto global, envolvendo todos os elos da cadeia produtiva
da soja, explicou o coordenador geral de Proteção
de Plantas do Ministério da Agricultura, José
Geraldo Baldini. O PNCFS se insere no plano de controle de
pragas de oleaginosas do Departamento de Sanidade Vegetal
(DSV).
A implementação do programa se dará por
meio do desenvolvimento de ações estratégicas
de defesa sanitária vegetal com suporte da pesquisa
agrícola e da assistência técnica na prevenção
e controle da ferrugem asiática. O DSV coordenará
o PNCFS, do qual também farão parte representantes
da iniciativa privada, de instituições de informações
meteorológicas públicas e privadas e das Secretarias
de Agricultura Estaduais ou seus órgãos de defesa
agropecuária.
De acordo com a instrução, o Departamento de
Fiscalização de Insumos Agrícolas do
Mapa deverá priorizar os registros de insumos agrícolas
que apresentem inovações tecnológicas
no controle da ferrugem. A medida também prevê
a criação de uma rede de laboratórios
de diagnóstico da ferrugem asiática da soja.
Para isso, a Coordenação Geral de Apoio Laboratorial
vai promover a capacitação e atualização
dos técnicos de laboratório. Além disso,
dará prioridade ao credenciamento de novos laboratórios
de diagnóstico da doença.
Para dar o suporte financeiro ao programa, a Secretaria de
Política Agrícola do Mapa estabelecerá
anualmente a política de financiamento das ações
de prevenção e controle. A também estabelece
que as Secretarias de Agricultura nos estados deverão
complementar a política de financiamento do programa.
Ainda nos estados, as instâncias intermediárias
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária (SUASA) deverão criar comitês
de controle da ferrugem asiática da soja. Às
SUASA´s estaduais caberá, entre outras ações,
o gerenciamento do sistema de monitoramento da doença,
além da elaboração de legislações
complementares sobre assunto, adequando a legislação
estadual com a federal e com o manual operativo do programa
nacional.
O principal dano ocasionado pele ferrugem é a desfolha
precoce, que impede a completa formação dos
grãos, com conseqüente redução da
produtividade. Com exceção de Roraima, todos
os estados que possuem cultivo de soja foram atingidos pela
doença (MT, PR, RS, MA, GO, MS, MG, SP, SC, DF, TO,
RO, PA e BA), envolvendo uma área de 22 milhões
de hectares.
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