Pesquisa
promovida pelo Setor de Agroqualidade da CeasaMinas, com objetivo
de identificar a melhor embalagem para transportar o abacaxi,
aponta o papelão ondulado como a melhor alternativa.
A embalagem desenvolvida especialmente para armazenar e transportar
o abacaxi foi aprovada nos cinco quesitos analisados: proteção,
eficiência no manuseio e transporte, economia no uso
de capim/palha e limpeza dos locais, promoção
comercial e redução de custo de comercialização.
O quesito proteção avaliou as perdas ocorridas
durante o manuseio e o transporte. Para uma carga de 8 mil
quilos, o transporte a granel tem perdas da ordem de 4,15%
(332 frutos) já com as embalagens de papelão
ondulado este número cai para 1% (80 frutos). O segundo
item, eficiência no manuseio e transporte, foi avaliado
com base no aproveitamento do espaço cúbico
do caminhão e no tempo para descarregamento e manuseio
das frutas pelo atacadista.
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Quanto
ao aproveitamento cúbico o embarque a granel permite
o carregamento de até 8 mil abacaxis, com as embalagens
de papelão ondulado esse número sobe para 10
mil, ou seja, um aumento de 25%.
Para descarregamento e manuseio do produto a granel, o atacadista
precisa em média de cinco horas, o que é reduzido
para uma hora com o uso das embalagens de papelão ondulado.
Esta redução se traduz em ganhos de custo para
o produtor.
Com relação ao quinto quesito, economia no uso
de capim/palha e limpeza dos locais, o uso de embalagens de
papelão ondulado permite redução de 560
já que não necessita deste tipo de material.
A palha/capim serve para proteção contra os
impactos durante a viagem no transporte a granel e ocupam
em média duas horas do atacadista para recolhimento
e envio deste item para aterros sanitários, além
de prejudicar o aspecto de limpeza do local e ocupar espaço
desnecessário na loja.
Com relação à promoção
do produto a embalagem de papelão ondulado possibilita
a identificação da origem do produto, podendo
receber a logomarca do produtor ou atacadista, aumentando
a confiança do consumidor na hora da compra. O que
não é permitido com o transporte a granel. O
uso da marca na embalagem como ferramenta de marketing, possibilita
a construção e divulgação da mesma,
que poderá ser associada a uma diferenciação
do produto, otimizando as vendas e conseqüentemente os
resultados dos produtores.
Todos estes itens demonstram a importante redução
de custos na comercialização do abacaxi com
o uso das embalagens de papelão ondulado no transporte
dos frutos. O trabalho foi desenvolvido pela equipe do Setor
de Agroqualidade da CeasaMinas, em parceria com a PUC Minas,
através da aluna de Administração de
Empresas da PUC Minas Betim, Ana Flávia Rezende Ferreira.
A orientação acadêmica foi realizada pela
professora de Logística, Regina Célia Nazar
Fialho. A empresa produtora de embalagens de papelão
ondulado Klabin doou o lote piloto para a avaliação,
a fim de colaborar com o estudo.
Na luta contra as perdas, a nova embalagem poderá resolver
o problema com a forma atual de transporte da fruta. Somente
em 2005, foram comercializados, a granel, mais de 33 milhões
de quilos de abacaxi na CeasaMinas, transportados em 2.768
caminhões. Desse total, a perda chegou a mais de 1
milhão de quilos, representando um prejuízo
de aproximadamente R$ 720 mil.
O consumidor também terá muitas vantagens a
partir do momento em que o abacaxi for embalado nas caixas
de papelão. Por ser colhido próximo ao
ponto de maturação, a fruta chegará à
mesa do consumidor mais doce e saborosa, afirma o diretor
técnico Operacional da Ceasa Minas, Altivo Roberto
Cunha. Produtores, atacadistas e varejistas também
terão melhores frutas e menor perda da carga. É
uma cadeia onde todos são beneficiados, observa
Cunha.
Segundo ele, a pesquisa tem um caráter inovador, pois
analisa a logística do abacaxi, cobrindo todas as etapas
pós-colheita, como o transporte e distribuição.
Segundo o gerente de Planejamento de Mercado da área
de Embalagens da Klabin, Robson Alberoni, a embalagem de papelão
ondulado também tem como diferencial a possibilidade
de reciclagem e a segurança fitossanitária.
As embalagens da Klabin são fabricadas obedecendo
às mais rigorosas exigências dos mercados internacionais
e em conformidade com as normas da FDA (Food and Drugs Administration).
Além disso, são ecologicamente corretas, pois
são 560 recicláveis e provenientes de florestas
plantadas, ou seja, fontes renováveis de matéria-prima,
ressalta Alberoni. O papelão ondulado também
é mais higiênico, evitando contaminações.
Um dos diferenciais das embalagens testadas é o fato
de serem auto-empilháveis, ou seja, encaixam-se uma
sobre as outras, possibilitando utilização
de paletes de modo firme e estável, além de
serem dimensionadas para uso padrão, o que se reverte
em ganho na cadeia logística.
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