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NOVO CONCEITO NA CRIAÇÃO DE FILHOTES
rev 41 maio 2001

A criação de filhotes de avestruzes de 0 a 3 meses, tem se demonstrando muito complicada para a maioria dos criadores no Brasil. Muitos são os que reclamam de alta taxa de mortalidade dos filhotes, que podem variar de 30 a 560. Esta é uma questão multifatorial, com origens desde fatores climáticos ao baixo conhecimento técnico no manejo de avestruzes, por parte dos criadores.

O índice a ser analisado em criatório é o nº de filhotes / fêmea / ano (filhotes viáveis aos 3 meses). De nada adianta ter fêmea de alta produtividade se não viabilizamos os filhotes. É de sua importância que os filhotes sobrevivam, já que são estes os produtos a serem comercializados e que gerarão o retorno financeiro á atividade. Os problemas encontrados por estes criadores, os desestimulam e até mesmo podem inibir a entrada de novos investidores.

Este tipo de problema não é encontrado somente no Brasil, países como Estados Unidos, Espanha, Itália, Portugal e até mesmo países africanos com décadas de criação estão sofrendo com o aumento da taxa de mortalidade de filhotes. Para resolver este problema, temos que conscientizar os criadores a recorrer á técnicas específicas de Bio-Segurança e até mesmo questões básicas de manejo.

A cada ano de criação que passa, a contaminação ambiental tende a aumentar, e a capacidade dos filhotes em combater estes agentes vai diminuindo, assim também diminui sua produtividade, podendo até ocasionar a sua morte.

Quando a contaminação ambiental já está instalada é impossível eliminá-la, entretanto podemos, por meio de um bom manejo sanitário, reduzir á níveis mínimos, viabilizando novamente a criação.

Já que não podemos eliminar a contaminação ambiental, uma das ferramentas que estamos utilizando é a imunização dos animais para os agentes causadores deste problema. Este tem sido um trabalho de muita pesquisa laboratorial e de campo de nossa equipe técnica, já há mais de 3 anos, em parceria com 3 universidades. Resultados preliminares já demonstram a estabilização da taxa de mortalidade em aproximadamente 25%, em aproximadamente 7 rebanhos acompanhadas.

Portanto a criação de filhotes merece uma maior atenção e uma mudança de conceito e postura, por partes dos criadores em buscar acompanhamento técnico especializado para seu empreendimento.


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