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SETOR VAI INVESTIR US$ 500 MILHÕES
rev 38 fevereiro 2001

O setor de fertilizantes encerrou o ano de 2000 com vendas de 16 milhões de toneladas e faturamento de US$ 3,2 bilhões. Esse total representa crescimento de 18% em relação ao ano anterior, quando foram comercializadas 13,7 milhões de toneladas e alcançados US$ 2,7 bilhões. Para este ano, a projeção de crescimento gira em torno de 4%, tanto para a produção como para comercialização. Nelson Pereira dos reis, presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), afirma que o conservadorismo da expectativa tem explicação. Após um ano bom, outro é sempre conservador. Ainda assim, o setor espera a expansão do cultivo do algodão, a recuperação do crescimento da cana de açúcar e a manutenção das culturas de soja.

Os bons resultados do ano passado podem ser atribuídas e determinados fatores. O primeiro deles, a recuperação do consumo de adubos para a cana de –açúcar, já que a cultura obteve melhores preços, o que motivou a recuperação e expansão dos canaviais. O segundo, ao crescimento da demanda de fertilizantes para milho. E o último, á expansão do algodão no Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso.

O cenário complementa-se com a posição das empresas. Após período de aquisições, o mercado pode ser melhor atendido, garante Reis. Mais ainda: os preços mostram-se comportados, em funções no mercado internacional, especialmente o da uréia. Animando, ele conta que os investimentos brasileiros cresceram no setor. Atualmente, as empresas apostam em projetos, ainda em implantação, que somam US$ 500 milhões. A iniciativa busca reduzir a forte dependência do setor em relação aos produtos importados. Mais de 80% do potássio usado no Brasil depende de importação, assim como 50% dos nitrogênio e mais 50% de fósforo. Reis afirma que o tratamento fiscal revela-se diferenciados para a produção local e importação dessas matérias-primas. Na produção nacional, por exemplo, incidem 3,68% de PIS e Confins. Se o produto é vendido de um estado para outro, paga mais 9% de ICMS.

Na opinião dele, o perfil do produtor rural brasileiro mudou. Hoje, ele necessita transforma-se em empresário, para obter lucro na propriedade. Isso implica em manter custo como item de controle absoluto. “Se preciso ele planta menos, mas usa tecnologia”, explica.


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