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EM BUSCA DE CRITÉRIOS
rev 37 janeiro 2001

As campanhas contra a febre aftosa e o universo pet, denominação de animais doméstico, especialmente cães e gatos, responderam por grande parte do faturamento de produtos veterinários, que alcançou US$ 771 milhões, no passado. Esse resultado foi auxiliado também pela recuperação econômica do país e pelo setor avícola.

O total, embora abaixo da previsão de US$ 800 milhões, é considerado razoavelmente bom, afirma Nelson Antunes, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). Ele lembra que, em 1999, o faturamento somou US$ 670 milhões.

O volume de produtos veterinários cresceu em 2000, mas os preços baixaram movidos por maior número de empresas no mercado e redução do custo de matérias-primas. Ainda assim, o Brasil, ao lado dos Estados Unidos, Japão e França, forma o quarteto dos países com maior volume de faturamento em produtos veterinários.

Para 2001, a expectativa gira em crescimento de 14% do mercado e faturamento torno de US$ 820 milhões e US$ 830 milhões. A explicação é simples: livres da febre aftosa, os produtos ampliarão o uso de outros produtos na busca por mercado e retorno financeiro. A linha pet, por sua vez, deve manter os índices de crescimento entre 9% e 10% do total do segmento, o que se repete desde 1998. Até aquele ano, não ultrapassa 7% do total. Resultado: hoje, a pet fatura entre exclusivamente com medicamentos.

A fusão entre empresas do segmento é outra característica que deverá ser mantida ao longo de 2001. As multinacionais unem-se e aumentam os investimentos em P&D, explica ele. Atualmente, não há diferença de preços entre produtos nacionais e importados.

Outras peculiaridades caracterizam os setores pet, suíno, avícola e bovino, responsável por 60% das vendas de medicamentos. Hoje, os donos de pequenos animais saem dos consultórios veterinários, com a receita e os remédios. Portanto, a indicação cabe ao veterinário. Já os produtores compram predominante em revendas e procuram novidades aliadas a preço. Os suinocultores e os avicultores usam medicamentos recomendados pela empresa que faz a integração. Um produtor com mil cabeças precisa tecnificar seu manejo para ter lucro”, garante. Ele busca resultados e para isso usa a dupla remédio e critério.

Antunes revela a importância de o Ministério da Agricultura agilizar a liberação de novos produtos. Atualmente, é preciso liberar cada produto. Como resultado, o mercado recebe entre 300/400 produtos por ano. Com maior agilidade, esse número poderia chegar a 500/700 novos produtos.


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