Desde
1995, a Associação Brasileiras dos criadores
de Marchigiana e os criadores brasileiros investem na reorientação
da seleção. Hoje, consideram-se vitoriosos,
pois os criatórios nacionais de animais PO e o cruzamento
industrial podem planejar a formação de um novo
animal.
Crescimento em número de animais, consolidação
de mercado do novo tipo Marchigiana, manutenção
de convênios para a pesquisas e testes e a busca por
novas praças, especialmente o Centro-Oeste brasileiro,
são alguns dos planos da Associação Brasileira
dos Criadores de Marchigiana (ABCM) para 2001. Luciana Neuennhaus,
superintende-executiva da entidade, fortalece essa expectativa
baseada em alguns fatores, como os padrões modernos
do Marchigiana, o crescimento de animais PO e cruzamento industrial
previsto para a raça, a estabilidade do número
de associados e a extensa atividade da ABCM em exposições.
Incluí ainda o crescimento da pecuária brasileira.
O novo tipo lidera os itens que justificam o crescimento da
raça. Ela explica que há 10 anos, o peso consistia
no componente básico para a seleção dos
animais. A isso unia-se o fator altura. Desde 95, no entanto,
a avaliação mudou. Hoje, sabe-se que o peso
não é a única parte da econômica
do animal. A partir dessa constatação, os criadores
passaram a considerar outros fatores, como o incremento da
profundidade do corpo mais o aumento da convexidade e musculosidade
de carcaça, sempre e busca de precocidade.
Ciente desse objetivo, a ABCM investiu em reuniões
do conselho técnico, realizou ciclos de atualizações
com juízes italianos, pois a Itália é
o país de origem da raça, aproximou-se da Associação
Nacional dos Criadores de Bovino Italiana da Carne (Anabic)
e, acima de tudo, procurou conscientizar técnicos e
criadores em busca de novo animal. Animada, Luciana afirma
que, atualmente, o novo tipo está consolidado em todos
os criatórios do Brasil. Mais: o programa de avaliação
genética baseia-se em peso, conformação,
musculosidade e precocidade. Como conseqüência,
a carne atende aos quesitos de qualidade e rendimento que
o mercado exige. Naturalmente, a reorientação
da seleção exigiu maior empenhos dos técnicos
e dos criadores. Hoje, o Marchigiana resulta de um salto
da tecnologia, em que a comercialização do sêmen
importado figura com muita importância, enfatiza.
Ela afirma que existem 160 criadores da raça em território
brasileiro.
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