Com
a disponibilidade de máquinas apropriadas para executar
o corte, o processamento e o recolhimento de gramíneas
forrageiras com menores teores de umidade, cria perspectivas
favoráveis para a produção de silagem
pré-secada. O aproveitamento do elevado
potencial de produção do pasto, sob manejo intensivo,
pode resultar na obtenção de silagem de qualidade
satisfatória a menores custos.
Durante
os períodos de escassez de pastagens, a silagem é
uma das opções mais usadas como suplementação
volumosa, sendo a principal fonte de volumoso utilizada em
sistemas de confinamento e semiconfinamento. Entretanto, a
adoção da tecnologia de conservação
de forragens, na forma de silagem ou silagem pré-secada
requer uma avaliação cuidadosa de vários
fatores. Deve-se considerar os recursos envolvidos no processo,
como: a condição sócio-econômica
do produtor rural, as condições específicas
de cada propriedade, os recursos existentes e as condições
edafoclimáticas locais, a escala de produção
e as necessidades (quantidade) de forragem para o rebanho.
Tais fatores direcionam a escolha da forrageira, contribuindo
para a eficiência e economicidade do processo.
O milho e o sorgo, pela facilidade de cultivo, elevados rendimentos
por área e, principalmente pelo excelente valor nutritivo
da forragem, são as espécies mais apropriadas
á produção de silagem. Em condições
específicas pode-se usar o milheto, em função
do seu ciclo curto, resistência á seca e possibilidade
de pastejo.
Por outro lado, a disponibilidade de máquinas apropriadas
para executar o corte, o processamento e o recolhimento de
gramíneas forrageiras com menores teores de umidade,
cria perspectivas favoráveis para a produção
de silagem pré-secada. O aproveitamento
do elevado potencial de produção de silagem
pré-secada. O aproveitamento do elevado
potencial de produção do pasto, sob manejo intensivo,
pode resultar na obtenção de silagem de qualidade
satisfatória a menores custos.
Esta alternativa para conservação das sobras
de pastagens apresenta algumas vantagens, como o baixo custo
de produção da silagem quando comparada com
a de milho ou sorgo, viabilizando sua utilização
para animais de menor retorno econômico; as propriedades
que já possuem pastagens são culturas permanentes,
sendo menos dispendiosas que culturas anuais; pode-se efetuar
vários cortes durante o período das águas,
diminuindo os riscos de perdas por condições
climáticas adversas na época de corte para fenação,
permitindo a alternância mais conveniente entre as duas
práticas de conversão.
Porém, em virtude das gramíneas forrageiras
apresentarem uma rápida e significativa variação
na sua composição química em função
do tempo, baixos teores de proteína bruta e de carboidratos
solúveis e alta umidade, muita vezes é requerido
o uso de aditivos ricos em carboidratos solúveis e
com alto teor de matéria seca (ex. bagaço de
laranja, resíduo de pré-secagem de grãos,
rolão de milho, farelo de arroz, etc.), ou inoculantes,
o que acarreta em maiores dificuldades operacionais, além
de aumentar significativamente o custo de produção
da silagem. Além disso, estudos relatam que o uso de
aditivos enzimo-bacterianos têm sido ineficientes em
melhorar as características qualitativas das silagens
nos trópicos, independente da espécie e da planta
ensilada.
Embora as silagens de milho e de sorgo se apresentem como
as forragens com maior custo de produção, o
valor energético notadamente superior destas espécies
forrageiras garante uma fonte de volumoso de alta qualidade
durante o ano todo, podendo ser preferivelmente usadas em
rebanhos de tais espécies acarreta em redução
do custo total de alimentação.
Também grãos de milho e sorgo de alta umidade
tem sido usados para a confecção de silagens,
que vem sendo avaliadas em diversos estudos quanto á
suas qualidades nutricionais e custos de produção.
O produto deste tipo de silagem apresenta um valor energético
superior ao da silagem tradicional, entrando nas dietas como
alimento concentrado (representando uma forma mais econômica
de conservação do próprio grão).
A adoção dessa prática apresenta vantagens
como: antecipação da colheita e uso da área
para outras culturas; menores perdas por tombamento de plantas,
carunchos, roedores e fungos; redução dos custos
de secagem, limpeza e armazenamento; manutenção
do valor nutritivo por longo período de tempo e melhoria
na utilização do amido dos grãos. A escolha
da forrageira bem como a quantidade e qualidade da silagem
a ser produzida estão diretamente relacionadas ás
características de cada propriedade, suas reservas
e a produtividade do rebanho. Uma consultoria técnica
é indispensável para a adequação
dos fatores que interferem na eficiência, na qualidade
e, principalmente, nos custos dos processos de ensilagem,
uma vez que um erro aparentemente banal pode representar a
diferença entre o prejuízo e o sucesso de todo
o sistema.
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