Os
controles leiteiros revelam que a produção por
vaca tem-se elevado continuamente. Paralelamente a essa elevação
da quantidade de leite, Vem-se notando aumento de certas doenças
e anomalias: Uma delas é o edema do úbere, um
aumento excessivo de líquido nos espaços intersticias
da glândula mamária.
O edema do úbere é importante problema porque
ocorre em um momento crítico de ciclo da lactação,
pouco antes e depois do parto. Afortunadamente, a inchação
do úbere diminui gradualmente com a ordenha ou a amamentação
subseqüente. Em geral, não é necessário
um cuidado especial; mas em alguns animais a inchação
torna-se bastante grande, causando muito desconforto á
vaca. O úbere nessa ocasião fica mais propenso
a traumas, lesões das tetas e mastite. A colocação
das teteiras da ordenhadeira mecânica é difícil,
tornando esse trabalho árduo e demorado.
O edema do úbere também pode acarretar deterioração
permanente dos ligamentos suspensores e tecidos do úbere.
As mamas severamente inchadas por longo tempo antes da parição
raramente retornam ao normal, devido a danos dos referidos
ligamentos do órgão.
Duas formas de edemas são conhecidas. A primeira, chamada
de aguda ou fisiológica, ocorre próximas ao
parto. Esta forma pode abranger 2 a 3 semanas antes do parto,
indo até o momento da parturiação, podendo
persistir por 2 a 3 semanas pós-parto.
Nos animais acometidos, a pele torna-se tensa sobre as partes
intumescidas do úbere, dando sinal de godet positivo.
Normalmente, a condição é indolor, porém
devido a expansão provocada na mama, a locomoção
do animal é o ato de deitar-se ficam dificultados.
O edema de mama fisiológica é simétrico
a totalidade da glândula mamária e pode se estender
para áreas adjacentes do abdomen e períneo.
Em alguns casos isso pode abranger a vulva e envolver o peito
do animal (região do esterno).
A causa precisa da doença não é conhecida.
Diferentes especialistas acreditam que o problema é
multifatorial. Os fatores incriminados e envolvidos. Os fatores
incriminados e envolvidos, conhecidos pela ciência são
os seguintes.
- idade da vaca Uma pesquisa realizada na Universidade
de Illinois, revelou que o grau de edema de mama torna-se
menos severo conforme os animais envelhecem. O trabalho demonstrou
que a incidência da doença em animais da raça
holandesas preta e branca, durante a primeira lactação
foi 37,5%; 19,4% na segunda lactação; 16,7%
na terceira; 18,7% na quarta lactação e 6,9%
na Quinta ou mais lactações. Cerca de 96,4%
das vacas mostram edema durante o primeiro parto, ao passo
que nos partos posteriores, esse índice foi para 81,5%.
Observou-se, também que se as novilhas estiverem mais
velhas no primeiros parto, o problema com edema era maior.
Assim, animais da raça holandesa preta e branca e guernsey,
que pariam entre 23 e 26 meses de idade, tinham 17,6% de edema,
com 27 a 28 meses 44,4% tiveram edema severo e, entre 29 a
37 meses 56% tinham edema severo.
- período seco No mesmo estudo, ainda,
foi observado que um período seco mais longo, aumentava
o problema com edema. Em vacas secas com menos de 50 dias,
5,1% tiveram edema severo; entre 51 e 70 dias, 13,5% tiveram
edema severo; 10,3% tiveram edema quando o período
seco foi entre 71 e 90 dias e, 28,3% mostram edema severo,
cujo período seco era maior que 90 dias. Outros estudiosos
mostraram que as proteínas séricas durante estágios
diferentes da gestação e lactação,
indicam que os níveis totais de proteína sérica
estão menores no dia do parto, retornando ao normal
bem rapidamente, logo após a parturição.
O decréscimo nos níveis de proteínas
séricas, pode ser devido a perdas de imunoglobulinas,
especialmente as globulinas do sangue para o colostro. Acredita-se
que isso cause uma diminuição na pressão
oncótica plasmática do sistema vascular, resultando
no desenvolvimento da doença.
- hormonais Fatores hormonais endógenos
parecem contribui desenvolvimento do edema de mama. Estrona
e estradiol 17 (podem promover ou aumentar a severidade do
edema antes do parto, ao passo que as progesterona e estradiol
17 (podem desfavorecer. Além do mais, o estradiol 17
(pode desfavorecer o edema de mama, logo após o parto.
Atualmente, o trabalho de pesquisadores da Holanda, levanta
a hipótese do possível envolvimento do eixo
adrenocorticolpituitária no edema de mama. A pesquisa
foi conduzida em 60 vacas da raça holandesa preta e
branca e vermelha e branca, cuja prevalência era de
75% da doença.
|