Trabalho
da Embrapa tem como objetivo aproveitar comercialmente 720
mil toneladas de sobras do caju, que atualmente é descartada
pela indústria de sucos. Biscoitos, pães, snacks
e até bolos com alto teor de fibras a partir do bagaço
do caju. Esta é a novidade que a Embrapa Agroindústria
de Alimentos do Rio de Janeiro acaba de desenvolver em parceria
com a Embrapa Agroindústria Tropical (CE). Através
do trabalho conjunto entre as duas unidades, foi possível
desenvolver uma técnica pioneira para a fabricação
de snacks (salgadinhos tipo chips), biscoitos e pães,
utilizando 50% de farinha de caju e 50% de farinha de arroz.
As vantagens são muitas, entre elas o aproveitamento,
de 720 mil toneladas de bagaço do caju, (80% da produção
nacional) que não é utilizado pelas indústrias
de suco. Além disso, produtos derivados da farinha
da fruta contêm maior porcentagem de fibras do que seus
similares e, no seu preparo, aproveita-se a quirera
sobra de arroz quebrado, que não é utilizada
para o consumo humano. O arroz quebrado é moído,
e dele é produzido a farinha de arroz que é
misturada á farinha de arroz que é misturada
á farinha do bagaço do caju.
Segundo o pesquisador José Luiz Ascheri, responsável
pelo trabalho, a maioria dos biscoitos e pães com fibras
encontrados no mercado são produzidos com a casca do
trigo. No entanto, a polpa do caju possui mais fibras do que
este cereal.
Tentamos até fabricar snack somente com a farinha
do bagaço do caju, mas a massa não se expandiu
adequadamente. Então resolvemos misturar a farinha
de caju com farinhas de arroz e trigo e tivemos ótimos
resultados, explicou Ascheri.
Os ensaios com 20% de farinha de caju e 77% de farinha de
trigo apresentaram bons resultados para a produção
de snacks, e a mistura composta por metade de farinha de caju
e metade de farinha de arroz proporcionou uma farinha mista
pré-gelatinizada para uso na panificação,
biscoitos e bolos com alto teor de fibras.
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