Três
anos depois de fundada, a Associação de Criadores
de Avestruz do Brasil, Acab, já possui 150 sócios
ativos em todo o país, segundo informa o presidente
da entidade, Celso Carrer. O rebanho está estimado
em 15 mil animais e sua maior concentração é
no Estado de São Paulo, seguindo por Minas Gerais.
Conforme diz presidente: o crescimento anual do rebanho tem
sido em média de 15%. Também em termos de novos
criadores, o crescimento é bastante expressivo.
A cada assembléia da associação, realizada
de dois em dois meses, são analisadas entre 10 a 20
propostas, afirma.
Com esta perspectiva bastante favorável a frente, Carrer
dz que isto confirma a tendência de crescimento da criação
de avestruz. Por esta razão a Associação
tem mantido contato com diversos setores, como abatedouros,
restaurantes, curtumes, entre outros, a fim de pesquisar a
demanda pelo consumo dos produtos originados do avestruz e
os respectivos nichos de mercado. Nos abatedouros por
exemplo, vamos buscar a padronização do abate
e dos cortes, explica o criador.
O cuidado com a genética também está
acontecendo. Recentemente a Acab formalizou a criação
de um departamento técnico e contatou o Ministério
da Agricultura para iniciar os registros genealógicos.
Assim podemos iniciar um programa de controle reprodutivo.
Para tanto já estamos em teste com um software criado
especificamente para esta atividade, afirma Carrer.
Ele acrescenta que este controle vai ser necessário
porque o material genético que está no Brasil,
tem origens diversas como Estados Unidos, Austrália,
África do e Europa.
Viagem Liberada A recente liberação das
importações aliviou um pouco a pressão
existia na comercialização dos animais. O risco
de trazer doenças desconhecidas ou controladas no Brasil,
como a new castle, foi a principal razão para que o
Ministério da Agricultura proibisse a compra no exterior.
Carrer diz que a da partir da liberação, começaram
a chegar produtos que já haviam sido adquiridos há
mais tempo. Em geral o custo final de um exemplar, posto no
Brasil entre 7 a R$ 8mil, valor que em princípio parece
alto, mas conforme argumenta o dirigente, deve ser considerado
o tempo de vida produtiva, 35 anos, o custo de importação,
transporte, entre outras coisas. O criador acrescenta que
por um certo tempo ainda será necessário importar
animais, pois não existem matrizes em fase de reprodução,
suficiente para atender a demanda.
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