O
chamado condomínios de inseminação artificial
está alterando o perfil da pecuária leiteira
no Oeste e Sudeste do Paraná. Com o auxílio
das iniciativas pública e privada, os produtores têm
vivenciado o aumento de produção de seus rebanhos.
Depois que o Programa de Inseminação Artificial
(PIA) passou das mãos do governo Estadual para o controle
municipal, algumas Prefeituras do Oeste e Sudeste do Paraná
arregaçaram as mangas e continuaram o trabalho de melhoria
genética nos plantéis leiteiros de seus municípios.
Ao todo, são produtores de quase 40 cidades que vêm
sendo beneficiados com tal iniciativa, que envolve fornecimento
de botijão de nitrogênio, doses de sêmen
e formação do inseminados comunitário.
Cada qual com suas administrações próprias,
os condomínios baratearam significativamente os preços
da inseminação na região.
No município de Toledo, por exemplo, mais especificamente
na comunidade de Xaxim, o inseminador e dono do Sítio
Berno, Valdir Berno, afirma que os custos na sua propriedade
caíram 50%, enquanto que para seus vizinhos, a redução
foi de 40%. Isso depois que fiz o curso de inseminação,
quando passei a fazer o serviço no meu próprio
rebanhos e atender as fazendas distantes até quatro
quilômetros das minhas terras.
Toledo conta com 10 condomínios, atingindo 280 produtores
e registrando uma média de 250 animais inseminados
por mês. Todos os botijões foram cedidos pela
Prefeitura. De acordo com o médico veterinário
da Emater, Gelson Hein, os animais surgidos da inseminação
artificial devem gerar um acréscimo de aproximadamente
10% na produção leiteira. Além
disso, possibilitará o nascimento de 1.800 animais
por ano, pontua ele, informando que outros condomínios
estão se formando, sendo que a prioridade está
voltada para locais distantes dos que já se encontraram
formados.
Integrada a esse processo, a Pecplan/ABS, por meio de sua
regional Cascavel, Assessoria Pecuária, oferece o suporte
técnico, com formação e capacitação
dos inseminadores, mais a comercialização do
sêmen. Nos cálculos do médicos veterinário
Antonio Carlos de Queiroz, a grande maioria dos produtores
da região são treinador pela empresa. No município
de Fransciscom Beltrão, por exemplo, 23 dos certificado
da Pecplan/ABS.
Nas localidades onde o trabalho é aplicado desde o
início, como em São Miguel do Iguaçu,
Queiroz ressalta que a inseminação vem sendo
conduzida pelo acasalamento genético, não só
para produção de leite, mas, também,
para caracteres raciais. Lá, verificamos novilhas de
primeira cria atingindo uma produção de 33 a
34 litros/leite.
De gado Holandês, Jersey, Gir Leiteiro ou Pardo-Suíço,
as doses comercializadas pelas Pecpaln/ABS para esse projeto
saem por volta R$ 6,00 a R$ 14,00. Trata-se de genética
de touros corretivos, que fez média de produção
animal/dia saltar de 16 a 18 litros, em 994, para os
atuais 24 a 25 litros.
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