Leite
rico em sólido, com índices de gordura em 6%
e de proteína em 4%. Com estes atrativos, a genética
Jersey da Dinamarca conseguiu despertar o interesse dos criadores
do Brasil, que vêem nela uma boa opção
para refrescar o sangue e do rebanho nacional e ainda elevar
os níveis de produtividade.
Os números que a criação dinamarquesa
vem obtendo conseguiram nos último anos superar até
mesmo até mesmo a performance de criatórios
tradicionais, como o norte-americano, por exemplo, onde o
leite da raça apresenta cerca de 5% de gordura e de
3,5% de proteína. Isso porque, há mais tempo
que os Estados Unidos, o país adotou a política
de pagamento por proteína e gordura, o que direcionou
a seleção do rebanho para essa finalidade. Além
disso, a disponibilidade de outras linhagens evita a consangüinidade
no gado. O gado Jersey conta com poucos reprodutores. Quase
todo material genético difundido são de descendentes
dos touros Duncan ou Lester, que perfazem a maior parte das
vendas de sêmen da raça. Dessa forma, o material
da Dinamarca vem para abrir a genética da raça
no Brasil, comenta gerente de Marketing e Leite da Lagoa da
Serra/Holland Genetics, Jan Willem Salomons.
Há um 1,5 ano, a central tem sido boa aceitação
com as vendas da linhagem dinamarquesa no Brasil. No período,
comercializou 30.000 doses, cerca de 50% de suas vendas de
sêmen da raça Jersey. Na avaliação
de Salomons, um volume significativo, tendo em vista que a
empresa também trabalha com sêmen de touros Jersey
dos Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia. Para
este ano, esperamos aumentar a comercialização
em 20% no geral das doses de sêmen Jersey, sendo que
o material dinamarquês acompanhará essa evolução,
aponta ele, informando que ainda no primeiro semestre será
introduzido mais touro da Dinamarca na Lista da Lagoa da Serra/Holland
Genetics, atualmente comandada pela genética dos reprodutores
Funic, Leben, Loholm e Helium a dose varia de R$ 11,00a
R$ 16,00. A Dinamarca conta com 70.000 animais Jersey em controle
leiteiro. Em 1989, o país bateu o recorde mundial de
produção de gordura, com 306 kg, com 305 dias,
de 94.00 vacas. O título ainda permanece com as vacas
dinamarquesas, cujo índice, hoje, está em 328
kg de gordura por lactação. Neste ano, a produção
média registrada será de 6.090 kg de leite,
5.9% de gordura, 360 kg de gordura, 4% de proteína
e 244 kg de proteína. Desde o final dos anos 80, o
pagamento de leite por lá deixou de ser baseado apenas
em gordura, ganhando, também, importância em
proteína. Assim, 60% do preço do leite no país
decorre dos níveis de proteína e 40% da gordura.
A seleção do gado é coordenada pela Sociedade
de Bovinos da Raça Jersey da Dinamarca, que visa alcançar
as seguintes metas: alta produção de leite,
como objetivo principal de aumentar os teores de proteína,mantendo
a alta qualidade da proteína do leite Jersey; vacas
com baixo custo de produção, pois o valor genético
de resistência contra mastite e outras doenças
já fazem parte do Índice S para touros; e alta
capacidade de conversão alimentar, com todos os touros
das centrais de inseminação testados em performance
individual para conversão alimentar.
Estudos do Departamento de Zootecnia do governo dinamarquês
comprovam que as vacas Jersey do país são 10%
mais eficazes na produção de leite do que as
fêmeas de outras raças.
|