Pecuária

Acrimat discute ações para o controle da brucelose no MT

Membro do Comitê Consultivo sobre Brucelose Bovina do Estado de Mato Grosso (CCBB-MT), a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), participou da reunião de alinhamento de ações. Criado em 2017, o Comitê tem por objetivo definir novas diretrizes para o controle da brucelose no Estado. Durante a reunião, foram apresentadas atualizações do cronograma de atividades, como a confecção da cartilha do produtor e do médico veterinário, reuniões, treinamentos, por exemplo.

Representando a Acrimat, a diretora-executiva, Dnaiella Bueno, afirma que um dos destaques foi descrição do projeto piloto – que começará no segundo semestre de 2019 -, por meio do qual serão testados, através de exames gratuitos, 14 mil bovinos, divididos nas 14 regionais de propriedades acima de 200 matrizes. O projeto piloto prevê testes em todas as fêmeas em reprodução.

“As fêmeas reagentes serão marcadas com um “P” na cara e encaminhadas ao frigorifico, que já se comprometeu a descartar apenas o sangue e o aparelho reprodutivo e, caso não haja lesões características da brucelose, fará o aproveitamento integral da carcaça para o mercado interno. A meta é colocar no máximo três grandes propriedades por regional e a adesão do produtor será voluntária . Vale ressaltar, que ele terá a chance de sanear sua propriedade e descartar sem perdas substanciais as fêmeas reagentes”, explicou Daniella Bueno.

A brucelose é transmissível ao homem e causa diversos prejuízos na atividade pecuária, como a diminuição da produtividade, causando a perda de competitividade no mercado, vulnerabilidade a barreiras sanitárias e, consequentemente, diminuição da renda do produtor.

Conforme levantamento realizado em Mato Grosso sobre a doença, em 2002, a brucelose havia acometido 10,25% do rebanho e 41,19% das propriedades. Já em 2014, por meio do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose, uma nova análise constatou a redução de 50% da prevalência da doença no rebanho mato-grossense, com 5,1% de fêmeas acometida, em um universo de 24% das propriedades.

O Comitê é presidido pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e, além da Acrimat, é composto também por representantes da Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato); Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo); Associação de Frigoríficos de Mato Grosso (Asfrigo-MT); Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso (Sindilat); Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB-MT); Associação Brasileira dos Criadores de Zebu de Mato Grosso (ABCZ-MT); Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT); Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT).

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