Agricultura

Preços agropecuários mantém trajetória ascendente, mas reajustes são menores

O índice que mede a variação dos preços recebidos pelos agricultores paulistas (IqPR) registrou desaceleração em seus reajustes ao subir 1,62%, na segunda quadrissemana do mês de abril de 2019, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A maioria dos produtos que compõem o índice se manteve em alta, os destaques são: tomate para mesa (29,75%), banana nanica (18,86%), carne de frango (11,92%), laranja para indústria (6,35%) e carne suína (6,02%).

Perdas oriundas das chuvas de fevereiro acometeram os tomates para a mesa e reduziram ainda mais a oferta do produto, o que gerou uma elevação de quase 30% nos preços médios recebidos pelos produtores de meados de março a meados de abril, explicam Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti, pesquisadores do IEA.

A redução da oferta da banana nanica provocada pelo adiantamento da colheita ao calor e as chuvas de fevereiro, levaram a uma ascensão dos valores recebidos pelos bananicultores no Vale do Ribeira. No que se refere às carnes de frango, os aumentos dos embarques para exportação reduziram a oferta do produto no mercado interno, o que reajustou os preços recebidos pelos produtores.

Entre os produtos que sofreram redução de preços, destacam-se o feijão (29,35%), a batata (18,64%) e o milho (5,86%). Após a quebra de produção da 1ª safra e a redução das áreas dedicadas à cultura, o período entre o final de março e o começo de abril apresentou um maior volume de feijão carioca negociado a preços mais baixos, no comparativo com fevereiro.

As altas precipitações, na segunda metade de fevereiro, retardaram o ritmo da colheita e encareceram os preços da batata na roça. Um novo fluxo de oferta se expandiu com a pequena estiagem no final de março e regiões produtivas como Avaré iniciaram abril vendendo a saca de 50 kg a menos de R$ 100,00. Dados do relatório do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apontam sobre-elevação das estimativas dos estoques de milho no mundo, o que interferiu nas cotações do produto, o que pode arrefecer os ânimos dos produtores brasileiros.

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