Pecuária

Programa Montana comemora 25 anos de avanço genético

O Programa Montana completa 25 anos em 2019, trabalhando na produção, seleção e melhoramento genético de reprodutores compostos com foco na qualidade da carne e ganho de peso. Tanto a pecuária de corte como o mercado mudaram muito nesses anos. Ambos passaram a conhecer as características produtivas e reprodutivas dos touros Montana, que oferecem heterose sustentável, além de muito melhoramento genético. Hoje, isso está acessível a produtores de todo o país.

 

Gabriela Giacomini, gerente de Operações do Composto Montana, destaca as principais conquistas dessa excelente opção genética, cuja formação foi um desafio superado com muito trabalho. “Tudo começou numa época em que o acesso à informação e à genética não eram fáceis. O Montana já nasceu com avaliação genética calculada, feito que algumas raças até hoje não conseguiram implantar”.

 

Gabriela lembra que foram safras e safras de testes, aprendizados, acertos e erros. “Hoje temos um ‘gadão’ em mãos. Os objetivos do início do projeto foram atingidos, temos um rebanho ganhador de peso, muito precoce, estável, uniforme, gerador de heterose, melhorador e com carne da melhor qualidade”.

 

O Composto Montana melhora a cada ano e novos objetivos vão sendo traçados, não há limites. O CEIP (Certificado Especial de Identificação de Produção), obtido em 2002 também foi uma conquista. “100% dos nossos touros possuem CEIP, que garante que eles fazem parte de uma elite genética dos melhores 26.5% nascidos na safra. Hoje, as DEPs (Diferenças Esperadas nas Progênies) de carcaça também são realidade. Todos os anos medimos praticamente todos os animais da safra e a USP – Campus Pirassununga gera as DEPs de área de olho de lombo, espessura de gordura e marmoreio, fundamentais para selecionarmos animais cada vez melhores”, explica Gabriela.

 

São 11 criadores pelo Brasil (nos estados do RS, SP, MS, GO, MG e TO), Uruguai (departamento de Rivera) e Paraguai (Alto Chaco – Agua Dulce). O principal cliente é o criador de gado de corte que usa os touros Montana tanto em vacas Nelore como em cruzadas para produzir bons bezerros para corte. Mais recentemente os pecuaristas estão percebendo que as vacas cruza Montana são excelentes e também estão trabalhando essas vacas com touros Montana, formando rebanho composto.

 

A perspectiva do Programa Montana para os próximos anos é avançar nas avaliações de consumo individual, gerando animais cada vez mais eficientes, e também em genômica. “Pretendemos expandir o número de selecionadores de touros para aumentar a oferta de animais no mercado. Também queremos aumentar a presença em centrais de inseminação, mostrando que o Montana é uma excelente opção para a IATF (Inseminação Artificial a Tempo Fixo) e pode ser repassado a campo, sem a necessidade de mudar de raça”, explica Gabriela Giacomini.

 

O Montana conta, atualmente, com rebanho de mais de 10 mil matrizes. São cerca de 1.000 touros comercializados ao ano. Desde 1995, já foram vendidos mais de 22 mil touros. Em uma taxa conservadora de prenhez, os reprodutores Montana já geraram por volta de 1.158.000 crias. Além de conduzir as avaliações de carcaça via ultrassom, o Montana é o único projeto no país que exige esta avaliação de 100% da safra.

 

Todo o gado Montana é geneticamente avaliado. Nenhum animal fica sem avaliação. A raça sofreu uma série de mudanças. “O Montana de 25 anos atrás evoluiu. E muito”, diz Gabriela Giacomini. Outro destaque são as premiações, como as conquistas de melhor animal, melhor carcaça e carne mais macia no concurso anual promovido para Associação Rural do Uruguai, um dos mercados mais exigentes do mundo.

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